1.13.2012

Enigma.

Eu não posso te culpar por pensar que nunca me conheceu de verdade. Eu achei que eu estava me protegendo. Criei uma capa protetora, para me manter forte. Mas agora percebo que não preciso de tudo isso. Eu sei que me deixei mal algumas vezes por isso.
Queria mostrar ao mundo quem eu realmente sou. Mas, quem sou eu? Preciso descobrir. É só o que preciso.
Gabriela Reis.

1.08.2012

”(…) Fico quieto. Primeiro que paixão deve ser coisa discreta, calada, centrada. Se você começa a espalhar aos sete ventos, crau, dá errado. Isso porque ao contar a gente tem a tendência a, digamos, “embonitar” a coisa, e portanto distanciar-se dela, apaixonando-se mais pelo supor-se apaixonado do que pelo objeto da paixão propriamente dito. Sei que é complicado, mas contar falsifica, é isso que quero dizer — e pensando mais longe, por isso mesmo literatura é sempre fraude. Quanto mais não-dita, melhor a paixão. Melhor, claro, em certo sentido que significa também o pior: as mais nobres paixões são também as mais cadelas, como aquelas que enlouqueceram Adele H., levaram Oscar Wilde para a prisão ou fizeram a divina Vera Fischer ser queimada feito Joana d’Arc por não ser uma funcionária pública exemplar.
Mas como eu ia tentando dizer para esclarecer de uma vez por todas, e duramente: não é verdade que eu esteja apaixonado por Porto Alegre. Somos apenas bons amigos.  (…)”
Caio F.